Aos Associados
Sob coordenação da Diretoria de Assuntos Culturais, reunimos informações de interesse geral sobre a imprensa, que passaremos a remeter semanalmente aos membros da API. Aceitaremos sugestões e contribuições.
1. CONFRONTO DIA 7
Vence neste dia 7 o prazo para que os grupos de comunicação da Argentina promovam a separação entre seus ativos de forma a reduzir o grau de concentração na mídia, principalmente quanto à propriedade de redes de televisão e rádio. O alvo não declarado da nova lei é o grupo Clarin, que edita o jornal do mesmo nome, considerado como um crítico ácido – e portanto – “inimigo” do governo de Cristina Kirchner. Mas o outro grande jornal platino, “La Nación” também protesta contra o que considera restrição à liberdade de expressão.
2. EXEMPLO DE TOLERANCIA
A propósito, destaque para o exemplo de tolerância do jornal Gazeta do Povo. No último dia 29 o veículo publicou editorial criticando a manifestação programada em Curitiba em favor do ex-ministro José Dirceu, condenado pelo Supremo no processo do “Mensalão”, sob o titulo “Desagravo inoportuno”. No sábado, dia 1° de dezembro, acolheu na mesma página de opinião o artigo “Liberdade Ameaçada”, de um professor de Filosofia da UFPR, que protestava contra as afirmações daquele artigo de fundo. Luiz Moutinho reclamava que o ato seria “em defesa do livre pensamento e expressão” – um direito democrático “que não pode ser cassado”. O jornal aceitou a ponderação, publicando a resposta, num belo exercício de liberdade de expressão.
3. FALA, GABEIRA
Quem também se expressou, escrevendo, foi o ex-guerrilheiro, ex-exilado e ex-deputado Fernando Gabeira. Que não deseja ser visto como também ex-jornalista, por estar retornando à profissão após 50 anos de militância na vida política – esquerdista, defensor da luta armada, parlamentar e cronista de costumes. Essa trajetória vem no livro “Onde está tudo aquilo agora?” em que Gabeira reconta fatos que ficam de fora do “bestseller” anterior: “O que é isso companheiro?” Se na obra famosa Gabeira apresentou o período de luta armada, agora reconta a biografia mais amena de menino mineiro de Juiz de Fora até sua passagem pela ecologia – que confessa ser um substituto do marxismo militante – e o desapontamento com o mandato de congressista. Afinal, lidar com a rotina sob o regime democrático não pode mesmo agradar a um rebelde.
4. NA INGLATERRA, PRESSÃO
Na Grã-Bretanha e na esteira do escândalo do jornal sensacionalista “News of the World” – que o polêmico Rupert Murdoch foi levado a fechar – um relatório oficial pede controle da imprensa. O documento, apresentado por uma comissão de notáveis liderada por um juiz sênior, recomendou a criação de uma instância com poder de multar veículos por conduta supostamente irregular. Envolto em amenidades, o estatuto propõe um conselho de auto-regulamentação, voluntário entre aspas (quem não aderir fica sujeito a outras sanções), que vai na contramão de uma liberdade desfrutada pela imprensa inglesa há mais de 300 anos. Num sinal de controvérsia, enquanto o premier David Cameron se pôs contra, seu vice-premier, um jovem político chamado Nick Clegg, se declarou a favor da polêmica iniciativa. Que dificilmente passará numa Inglaterra que foi a pátria de pensadores da liberdade e da tolerância, como John Locke, David Hume, Stuart Mill e Bertrand Russel.
5. MORREM JOELMIR E PIGNATARI
A imprensa perdeu, no período, dois ícones da profissão: Joelmir Beting, pioneiro do jornalismo econômico descomplicado e Décio Pignatari, professor de comunicação e pensador de escol. Joelmir - filho de imigrantes do interior paulista -, iniciando a carreira pelo jornalismo esportivo, logo se deslocou para a página de economia e o comentário de tevê – com um sucesso de décadas. Pignatari – outro filho da imigração do café -, crítico da literatura e da vida urbana nas megacidades como S. Paulo, mudou-se para Curitiba onde residiu durante a última década.
6. ONU VÊ REDES E INTERNET
Começou em Dubai, na Ásia, a Conferência Mundial sobre Telecomunicações, organizada pela UIT, agência das Nações Unidas. O evento, que se estenderá até a próxima semana, vai discutir a governança das redes de comunicação – notadamente o tráfego de dados via provedores de conteúdo como Google e Facebook e o sistema da Internet. Para o ministro Paulo Bernardo, chefe da delegação brasileira, será difícil fechar um consenso em torno da gestão dessas inovações tecnológicas: atualmente a internet é controlada pela ICANN, organismo baseado nos Estados Unidos – país que detém forte influencia sobre sua governança. O Brasil defende um modelo de neutralidade para a rede, com participação mais plural dos países usuários (inclusive na receita gerada), mas se opõe ao controle estatal via União Internacional de Telecomunicações.
04/12/2012
Rafael de Lala,
Presidente - API – Associação Paranaense de Imprensa
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Hélio Freitas Puglielli,
Diretor de Assuntos Culturais da API
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/ 3408-4531/ 9167-9233
Rua Nicarágua, 1079 – Bacacheri – Curitiba/PR
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