Aos Associados
Sob a coordenação da Diretoria de Assuntos Culturais,
reunimos informações de interesse geral sobre a imprensa, que passaremos a
remeter semanalmente aos membros da API e
também postaremos em nosso blog: http://api1934.blogspot.com.br/ .
Aceitaremos sugestões e contribuições.
1. Marco da internet
A Câmara dos Deputados está começando a votação do projeto
definidor do marco civil da Internet, a rede de informações eletrônicas que se
tornou um dos principais meios de comunicação. A previsão é que debates adiem a
tramitação da matéria - já no Legislativo há três anos -, devido à sua inerente
complexidade. As mudanças mais importantes já incorporadas incluem a
neutralidade da rede, a obrigação de sigilo dos dados trafegados e a definição
de responsabilidades na postagem, acesso e uso das informações. O relator
inclusive teve o texto aperfeiçoado por influencia do deputado Miro Teixeira –
um antigo jornalista empenhado na defesa da liberdade de expressão.
2. Redes e Democracia
A propósito do tema, a utilização de redes sociais teve
papel decisivo na convocação da manifestação de protesto contra o governo de
Cristina Kirchner na Argentina. O evento, que reuniu quase um milhão de pessoas
em Buenos Aires e pólos do interior, não foi organizado por partidos
tradicionais, mas por internautas que se articularam para dizer um “basta” ao
populismo autoritário da dirigente platina. Entre os cartazes do megaprotesto,
muitos textos reclamando de tentativas de cerceamento da liberdade de imprensa.
Segundo o empresário de comunicação Bartolomé Mitre (jornal “La Nación”), o
governo de Cristina Kirchner quer tornar a Argentina “uma ditadura com
eleições”.
3. No Brasil, não
No Brasil segmentos mais radicalizados de partidos
políticos, inclusive hoje na situação, também buscaram criar “marcos
regulatórios da mídia” e outros processos de restrição da liberdade de
imprensa. Tais iniciativas contudo, encontraram resistência da sociedade
organizada e do próprio núcleo central do governo, conforme manifestou a
presidente Dilma Rousseff: “É sempre preferível o ruído da imprensa livre ao
silêncio tumular das ditaduras”. Tendo sofrido na pele os excessos de um regime
de força, a governante colheu da própria experiência a lição da História: a
supressão da liberdade de expressão antecede o corte das demais liberdades
humanas, levando às ditaduras mais cruentas.
4. Pequenos fecham, grandes reagem
A mudança na tecnologia das informações jornalísticas
derivada da internet continua ocasionando reflexos na posição dos veículos de
comunicação social. Enquanto pequenos órgãos vão sendo fechados – no país e no
exterior – grupos de mídia baseados na fórmula de assinaturas para copias
impressas conjugadas com acesso aos sites na rede conseguem equilibrar suas
receitas. No Brasil o jornal esportivo “Marca” acaba de encerrar sua versão
impressa (o órgão era produzido pelo grupo luso-brasileiro Ejesa, que roda “O
Dia” e “Brasil Econômico”). Já nos Estados
Unidos os grupos Gannett (USA Today e mais 70 jornais regionais), The New York
Times, “Wall Street Journal” e Washington Post conseguiram ganhos ao vender
assinaturas conjuntas sob o modelo “paywall” – um sistema que permite o acesso
grátis a chamadas na rede para estimular o usuário a ler o jornal ou sua versão
on-line.
5. Migração para Blogs
No Paraná, muitos profissionais de imprensa estão se
dedicando à publicação de seus blogs em sítios propiciados por veículos
associados a grupos de comunicação. Outros, que tiveram seus jornais fechados
por força da conjuntura, se dedicam a blogs autônomos onde a quantidade de
acessos está vinculada à credibilidade da informação ofertada. As tendências
ainda em fase de definição apontam, de toda forma, para uma só direção: a
notícia de qualidade tem leitores e usuários de rede.
Miscelâneas
Crise na BBC repõe debate das redes públicas de comunicação
em tempos de pluralidade de mídias =/= China impõe restrições ao uso de redes
eletrônicas durante o congresso do seu partido governante, o PC, mas com
sucesso limitado devido à natureza do novo meio =/= Morte do jornalista Cláudio
Feldens – o otimista redator das “Entrelinhas” da Gazeta do Povo – deixa saudades
entre amigos e colegas.
Rafael de Lala,
Presidente da API – Associação Paranaense de ImprensaHélio Freitas Puglielli - Diretor de Assuntos Culturais.
Presidente da API – Associação Paranaense de ImprensaHélio Freitas Puglielli - Diretor de Assuntos Culturais.
E-mail: api1934@gmail.com Twitter: @Apimprensa
Contato: (41) 3026-0660 / 3408-4531/ 9167-9233
Rua Nicarágua, 1079 – Bacacheri – Curitiba/PR
Contato: (41) 3026-0660 / 3408-4531/ 9167-9233
Rua Nicarágua, 1079 – Bacacheri – Curitiba/PR
Nenhum comentário:
Postar um comentário